Nos dias atuais a qualidade das embalagens e dos rótulos para os produtos vem se superando cada vez mais, muito disso devido ao foco das empresas em querer chamar cada vez mais a atenção dos clientes ao que têm a oferecer.
Desta forma, o gerenciamento de cores é a única forma profissional capaz de obter cores consistentes e fiéis ao que é criado pelas agências, o qual conta com um sistema que respeita processos e métricas, possibilitando a medição da capacidade da máquina que será impressa, e assim ser desenvolvido a arte dentro desses parâmetros.
Para conseguirmos entender um pouco mais sobre gerenciamento de cor, abordaremos nesse artigo como é feito, o que se deve observar e a importância do mesmo para a produção dos impressos.
Na era digital em que vivemos, conseguimos criar ou capturar as mais variadas imagens através de dispositivos que temos a nossa disposição, o que acontece é que cada dispositivo possui um sistema próprio e no momento em que a imagem for passada para outro, haverá distorção nas imagens, para que isso não aconteça hoje contamos com o sistema de gerenciamento de cores.
Aprofundando um pouco mais o assunto, pegamos por exemplo a flexografia, onde é gerado um perfil ICC (International Color Consortium), ao qual é rodado na máquina impressora, para definir a capacidade que ela tem de atingir determinado range de cores, lembrando sempre que o perfil deve ser rodado na mesma configuração de máquina que serão rodados os demais pedidos, podendo assim ter a credibilidade nos resultados. As variáveis que deve se observar são:
– Máquina utilizada;
– Material que será impresso;
– Qualidade da tinta utilizada;
– Densidade da tinta;
– Viscosidade da tinta;
– Secagem da tinta;
– Ajuste de máquina;
– Dupla-face utilizada;
– Características do anilox;
– Velocidade de impressão;
– Espessura do clichê;
Reforçando que para manter a qualidade desejada na sequência de impressos, é necessário que todas as configurações de máquina sejam mantidas conforme as do perfil rodado. Rodar um perfil nas máquinas não garante a solução de todos os problemas, ele é somente uma ferramenta a qual demonstrará pontos que podem ser melhorados e padrões que devem ser mantidos, mas as soluções dos problemas encontrados são de responsabilidade da empresa convertedora, que é a única capaz de agir sobre todas as variáveis existentes no processo de impressão.
Após feito isso, uma amostra do perfil é lida através de um espectrofotômetro, e com isso é descoberto o LAB da impressão, ou seja, consegue ter através de medição, qual é o range de cores que a máquina impressora consegue atingir.
Obtendo o LAB é possível calibrar a impressora de provas digitais e os monitores que serão trabalhados, para que a medição das cores seja sempre a mesma e assim todos os equipamentos possuam os mesmos parâmetros.
Lembrando que as provas digitais servem como documento contratual, mas podem ocorrer diferenças significativas entre a prova e o impresso, devido a diferença entre as características que foram rodados os impressos e os que foram rodados no perfil, até mesmo os fatores humanos interferem, pois pequenas alterações podem resultar em grandes discrepâncias no resultado final.
Vimos até agora como é feito o gerenciamento de cores entre os dispositivos e como esse sistema veio para profissionalizar o processo de impressão, onde cada vez mais está caindo por terra a definição de cores através do olho nu e está se consolidando que podemos atingir as cores desejadas baseando-se em medições.