Tecnologia de Clichês: Conheça os diferentes tipos

Antigamente na flexografia era muito comum o uso de clichês de borracha talhados artesanalmente, era usado principalmente em confecção de clichês para caixa de papelão, o qual possuía um acabamento mais rústico, mas com o passar do tempo, a maior parte da tecnologia desenvolvida para uma melhor impressão foi em cima dos clichês, começando com a troca da borracha pelo fotopolímero, melhorando os detalhes dos pontos de gravação, e também para um melhor descarte do material, sendo a borracha um material de difícil descarte e reaproveitamento.

Nesse artigo, falaremos um pouco sobre o quanto cresceu o desenvolvimento de tecnologias envolvidas nos clichês para maximizar a qualidade de impressão das embalagens e rótulos flexográficos.

Ainda existem algumas empresas que se utilizam de clichês em borrachas para letras mais grossas, que não necessitem de muita qualidade de impressão, mas são raras, hoje a maioria dos clichês utilizados são de fotopolímero.

 

Gravação convencional com fotolito:

Nesta esta gravação, um filme matte negativo é posto sobre o fotopolímero para a exposição principal da chapa, e através de um linner é retirado totalmente qualquer resquício de ar entre a chapa e o filme, a imagem no filme fica nas partes transparentes, permitindo a entrada de luz UVA.

Devido ao contato com a luz ocorre a polimerização dos monômeros do polímero fazendo com que o mesmo endureça, as partes escuras não permitem a entrada desta luz, não ocorrendo a polimerização, e permitindo que no momento da escovação e o contato com o químico estas partes que não foram expostas a luz UVA sejam retiradas, formando as imagens em alto relevo.

Na etapa seguinte a chapa é submetida a secagem numa temperatura específica para que ocorra a evaporação do químico utilizado no processamento, e a chapa retorne a espessura original, e por último o clichê é finalizado com exposição de luz UVA e UVC para selagem, assim garantindo a sua qualidade e durabilidade.

 

Gravação com Til

Este processo é totalmente digital, a grande diferença para o anterior é que nesse caso a tecnologia está totalmente embutida no Til, onde somente o til é gravado na gravadora, e após laminado sobre a chapa de polímero, garantindo o topo plano dos pontos de retícula na chapa, essa tecnologia também garante o ponto 1:1:1, (imagem desenvolvida no computador passada fielmente para a chapa e passada para a impressão), chamamos de tecnologia Kodak NX.

 

Chapas com camada LAM

É uma gravação digital onde a própria chapa contém uma camada LAM escura na superfície da chapa, é colocada na gravadora para ser gravada, nesse processo não há mais a necessidade de um filme linner sobre a chapa para retirada de ar ou a união do polímero com qualquer tipo de filme, já que a camada LAM já está sobre a superfície da chapa, conseguindo assim chapas com topo plano, diminuindo drasticamente o ganho de ponto que tinha no processo anterior, hoje no mercado existem vários fornecedores de máquinas e chapas para essa tecnologia.

Essa são as tecnologias de clichês mais utilizadas hoje no meio flexográfico, existem outras menos utilizadas, e também as tecnologias de micro retículas postas diretamente na chapa, mas isso é assunto para um próximo artigo.

Podemos perceber que muitas tecnologias foram desenvolvidas no processo de fabricação dos clichês, tudo isso devido a busca por uma melhor qualidade de impressão, facilidade no processo flexográfico e também devido a altíssima concorrência dos gigantes que existem no mercado na venda de chapas, assim podemos concluir que nos próximos anos muitas outras tecnologias surgiram desenvolvidas para que as embalagens fiquem cada vez mais bonitas e que chamem ainda mais a atenção dos consumidores.